quarta-feira, 30 de abril de 2008

UM 1º DE MAIO DE REFLEXÃO E DE MUITAS LUTAS

Neste 1º de Maio, relembramos os mártires de Chicago, que lutaram e morreram pela jornada de 08 horas dentre os quais se encontravam trabalhadores gráficos Michael Schwab, alemão, Tipógrafo e Encadernador, George Engel, alemão, Tipógrafo e Jornalista.

Não podemos e não devemos perder de vista a ação destes companheiros que sacrificaram suas próprias vidas em prol de uma causa almejando romper o poderio econômico da época para conseguir estabelecer direitos e jornada de oito horas para a classe trabalhadora.

Os anos se passaram e as atitudes de enfrentamentos dos nossos companheiros continuaram como foi a dos gráficos de 1923 que também reivindicavam melhorias de salários e principalmente o reconhecimento da nossa representação junto aos empregadores por meio da UTG – União dos Trabalhadores Gráficos, quando foi necessário para conquistar estes direitos realizar uma greve histórica de 42 dias.

Durante este período até os dias de hoje a presença do poderio econômico, se mantém com a globalização da economia e uma política neo-liberal de flexibilização de novos direitos em contra os trabalhadores, e atualmente vivemos momentos de incertezas, quando deparamos com uma proposta que tramita no Congresso Nacional denominada de Emenda 3 que pretende legalizar uma situação de fato, ou seja, o contrato individual sem quaisquer garantias trabalhistas por meio dos chamados “PJ”, calcada unicamente nos interesses dos que defendem a todo custo a flexibilização e a retirada dos direitos dos trabalhadores com a possibilidade de se estabelecer na prática o contrato direto do trabalhador com a empresa, sem carteira assinada.

Enfrentamos a Reforma da Previdência que diminuíram e retiraram nossos direitos com a implantação do Fator Previdenciário a Aposentadoria Especial dos Gráficos e de várias outras categorias e entre várias outras situações que estão prejudicando os trabalhadores.

A campanha do governo juntamente com os aliados para derrubar o fator previdenciário aprovado recentemente pelo Congresso vai nos colocar uma luta incansável para sua manutenção.

Estamos diante de toda fragilidade na questão da saúde do trabalhador com as dificuldades que enfrentamos como para a caracterização dos acidentes do trabalho, principalmente na questão da identificação do nexo causal pelos peritos do INSS em relação a LER/DORT – (Lesão por Esforço Repetitivo ou Distúrbios Osteo-musculares Relacionados ao Trabalho), em muitas outras dificuldades enfrentadas pelo trabalhador, sem falar do caos na Saúde com os Hospitais Públicos.

Há que se considerar a luta contra a precarização das condições de trabalho por meio das malfadadas terceirizações efetuadas ao arrepio da legislação e o desrespeito ao Enunciado 331 nas atividades fins.

Temos que ter em mente que a folha de pagamento passou a ser a fonte de salvação das empresas com o desrespeito a Lei em relação ao trabalhador sem carteira assinada, a rotatividade de mão-de-obra “turn low” com a recontratação dos empregados com salários inferiores aos demitidos dos pagamentos de valores e de adicionais efetuados por fora em constante exploração da mão-de-obra entre outros mecanismos que são utilizados pelas empresas na redução de seus custos.

O desrespeito e a exploração do Trabalho Infantil em muitos casos efetuados por poderoso empresários e latifundiários.
A luta em contra o malfadado Banco de Horas que altera frontalmente o Contrato Individual do Trabalho e obriga o trabalhador a abrir mão de receber os adicionais de Jornadas Extraordinárias tem que estar na ordem do dia de nossas Ações Sindicais.

Somos pela manutenção das garantias Constitucionais das Convenções Coletivas de Trabalho e que o Acordo Coletivo de Trabalho só poderá ser efetuado acima das Convenções Coletivas de Trabalho.
Portanto, não aceitamos o entendimento daqueles que se manifestam em nome da modernidade nas Relações do Trabalho onde o Negociado pode suplantar o Legislado.
Enfim em um breve resumo apresentamos entre muitos alguns problemas que devemos enfrentar, por isso a par das festividades o 1º de Maio e temos como prioridade neste momento a luta pela Redução da Jornada de Trabalho das 44 para 40 horas vai exigir de nós um trabalho incansável no enfrentamento junto ao Congresso Nacional.

Diante destas incertezas e condições adversas para os trabalhadores é que neste 1º de Maio os gráficos estarão no mesmo palanque daqueles que defendem as melhores condições para a classe trabalhadora.

Esta é a nossa mensagem de esperança e de luta.
Salve todos os Trabalhadores neste 1º de Maio.
CONATIG - Confederação Nacional dos Trabalhadores da Indústria Gráfica, da Comunicação Gráfica e dos Serviços Gráficos.

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